sábado, 29 de agosto de 2009

VIK MUNIZ


Exposição realizada no Museu Inimá de Paula
21 de agosto a 2 de novembro



Vik Muniz, é um artista brasileiro que foi capaz de olhar coisas cotidianas, para as quais as pessoas nao costumam dar importância, e com elas, recriar possibilidades de apresentar e perceber o mundo.
Dedicado inicialmente à escultura, Muniz percebeu que ao documentá-las através da fotografia encontrava um resultado artístico melhor aos seus propósitos do que com as esculturas em si, e desde então resolveu unir as duas coisas, às quais somou outras como desenho, pintura, colagem,etc.







Ele não apenas registra sua versão do mundo ao seu redor, mas o recria literalmente; usando materiais diversos, como papel picado, sucata, molhos, algodão, linha, chocolate, terra, diamante, entre muitos outros. A partir daí, surgiram algumas das obras presentes na mostra, como a monalisa dupla de geléia e pasta de amendoim, o soldado composto por inúmeros soldadinhos de brinquedo, a Medusa de macarrão e molho, retratos de atrizes compostos por milhares de pequenos diamantes, imagens de monstros compostos por caviar, imagens feitas com chocolate, retratos criados com açúcar, etc.



Vik, faz o espectador olhar os materiais ultilizados por ele, com outros olhos dando a estes um novo significado. A exemplo disso tem-se os trabalhos feitos com poeira e lixo.


O trabalho de Muniz, visualmente impactante, é facilmente apreendido tanto por um observador comum, quanto por um um olhar aguçado de um colecionador de arte. Sua obra convida o espectador a apreciá-la não apenas com os olhos, mas também experimenta-la de forma sinestésica. Seu trabalho dá asas à imaginação dos visitantes. Segundo Vik, " a arte não tem a ver com o que se diz, mas com a maneira de dizer..." .
Além das fotografias de Muniz, está sendo exibido no museu, um vídeo que mostra o processo criativo de algumas séries do artista, fazendo uma espécie de making of da construção de suas obras.





































Estratégias do Caminhar

Flâneur

Existe uma figura muito curiosa e fascinante, que dedica seu tempo a vagar pelas ruas, no intento de observar o que acontece ao seu redor, de captar algo de mais perene no cenário urbano. Este passante se locomove a pé – e sem pressa, como requer qualquer “trabalho” de análise da vida cotidiana que se preze. Tal personagem atende pelo nome de flâneur e surgiu há muitos anos atrás.
Mas, quem é o flâneur?
É um observador que caminha tranqüilamente pelas ruas, apreendendo cada detalhe, sem ser notado, sem se inserir na paisagem, que busca uma nova percepção da cidade.

Deriva (situacionismo)

A deriva seria uma apropriação do espaço urbano pelo pedestre através da ação de andar sem rumo.
As grandes cidades são favoráveis à distração que chamamos de deriva. Essa técnica de andar sem rumo, se mistura à influência do cenário. Todas as casas são belas. A arquitetura deve se tornar apaixonante. Nós não saberíamos considerar tipos de construção menores. O novo urbanismo é inseparável das transformações econômicas e sociais felizmente inevitáveis. É possível pensar que as reivindicações revolucionárias de uma época correspondem à idéia que essa época tem da felicidade. A valorização dos lazeres não é uma brincadeira. Nós insistimos em que é preciso inventar novos jogos.


Parkour (le parkour)

Parkour (por vezes abreviado como PK) ou l'art du déplacement (em português: arte do deslocamento) é uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápida e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e urbanas. Homens que praticam parkour são reconhecidos como traceur e mulheres como traceuses.
O parkour foi fundado pelo francês David Belle.

Essas diferentes estratégias do caminhar se relacionam pelo fato de, elas serem destinadas ao andar pela cidade, seja observando, contemplando ou até mesmo explorando a arquitetura, o espaço, as pessoas ao redor.

bibliografia: http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/media/2%20-%20o%20novo%20fl%C3%A2neur.pdf

http://www.pontodevista.jor.br/livros/situacionismo.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Parkour