quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Arte Contemporânea

Os balanços e estudos disponíveis sobre arte contemporânea tendem a fixar-se na década de 1960, sobretudo com o advento da arte pop e do minimalismo, um rompimento em relação à pauta moderna, o que é lido por alguns como o início do pós-modernismo. Impossível pensar a arte a partir de então em categorias como "pintura" ou "escultura". Mais difícil ainda pensá-la com base no valor visual, como quer o crítico norte-americano Clement Greenberg. A cena contemporânea - que se esboça num mercado internacionalizado das novas mídias e tecnologias e de variados atores sociais que aliam política e subjetividade (negros, mulheres, homossexuais etc.) - explode os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. As novas orientações artísticas, apesar de distintas, partilham um espírito comum: são, cada qual a seu modo, tentativas de dirigir a arte às coisas do mundo, à natureza, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia. As obras articulam diferentes linguagens - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. -, desafiando as classificações habituais, colocando em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte. Interpelam criticamente também o mercado e o sistema de validação da arte.
Os desafios enfrentados pela arte contemporânea podem ser aferidos na produção artística internacional. Em relação ao cenário brasileiro, as Bienais Internacionais de São Paulo ajudam a mapear as diversas soluções e propostas disponíveis nos últimos anos. Na década de 1980, a exposição Como Vai Você, Geração 80?, no Parque Lage, Rio de Janeiro, e a participação dos artistas do Ateliê da Lapa e Casa 7 na Bienal Internacional de São Paulo, em 1985, evidenciam as pesquisas visuais.
Também no Brasil, existe o Inhotim, um complexo museológico original, constituído por uma seqüência não linear de pavilhões em meio a um parque ambiental. Suas ações incluem, além da arte contemporânea e do meio ambiente, iniciativas nas áreas de pesquisa e de educação. É um lugar de produção de conhecimento, gerado a partir do acervo artístico e botânico.

Criado em 2005, Inhotim é uma entidade privada, sem fins lucrativos e qualificada pelo Governo do Estado de Minas Gerais como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

Localizado em Brumadinho, a 60 quilômetros da capital mineira, possui um importante acervo de arte contemporânea e uma extensa coleção botânica. Em Inhotim, o meio ambiente convive em interação com a arte, e são o ponto de partida para o desenvolvimento de ações de caráter socioeducativo nas mais diversas áreas.
Com um acervo de, aproximadamente, 500 obras de mais de 100 artistas, a coleção de Inhotim vem sendo formada desde meados de 1980, com foco na arte produzida internacionalmente nos anos 1960 até os nossos dias. Pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais são exibidos em galerias espalhadas pelo parque botânico.

Pavilhões abrigam exposições permanentes de Tunga e Cildo Meireles. Em março de 2008, foram inauguradas duas novas galerias, uma dedicada a obras da artista Adriana Varejão e a segunda para abrigar o trabalho Neither (2004), da artista colombiana Doris Salcedo. Uma série de projetos especialmente comissionados por Inhotim estão atualmente em andamento e envolvem artistas como Doug Aitken, Matthew Barney, e Pipilotti Rist.

O Parque Tropical possui áreas que seguiram conceitos sugeridos pelo paisagista Roberto Burle Marx. A enorme variedade de plantas faz de Inhotim um local onde se encontra uma das maiores coleções botânicas do mundo, com espécies tropicais raras e uma reserva florestal que faz parte do bioma da Mata Atlântica.

Tudo isso fornece de base para o desenvolvimento de pesquisa, inovação científica e educação.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Trabalho de intervenção - Lounge do profeta

Grupo: Ana Luiza Vieira, Ana Luisa Giacomini, Daniela Leão, Erlaine e Raquel Palhares


O nosso grupo fez a intervenção no lounge do profeta.

Como lá era um lugar de descanso e espera dos alunos, resolvemos fazer uma legítima sala de estar.

Construímos uma mesa, nove puffes de garrafa pet e uma luminária. Como mesa de centro, reformamos uma mesa que estava na sala de maquete feita por outros alunos.

Reformamos os sofás verdes tampando todos os buracos com fita preta. O sofá bege que estava bem acabado, foi todo preenchido com garrafas pet e por cima revestido com espuma. Além disso, lavamos e tingimos sua capa preta.

Construímos três mandalas de isopor colocadas na parede, um vaso de flor preto colocado na mesa de centro e cortinas pretas de TNT para completar a sala de estar .

O espaço se chama lounge do profeta, mas o profeta não tinha destaque. Pintamos ele de branco, e todos os outros móveis foram pintados de preto. Além disso, ele ganhou uma bolsa preta com profecias dentro ( para aumentar a interação dos usuários ).

Percebemos que cada dia os móveis apareciam em um lugar diferente, demonstrando grande interação dos alunos com o espaço. Mas o local sempre estava bagunçado, e continuando assim, não teria a esperada cara de sala de estar. Por isso, amarramos todos os móveis com cordas na cor rosa ( para destacar com o preto dos móveis) mas dando alguma mobilidade a eles.

O espaço também não recebia o devido cuidado dos alunos ficando com cara de “local público” onde ninguém tem a obrigação de cuidar. Por isso, pintamos de preto dez esferas de isopor cortadas no meio e colamos no teto para imitar câmeras de filmagem. Colamos nas paredes placas de aviso “Sorria, você está sendo filmado”. Isso para intimidar os usuários ao mau uso do local.

No dia da apresentação, as luzes foram apagadas e ficaram acesas apenas duas lâmpadas vermelhas instaladas na luminária e um refletor virado para o profeta.


















domingo, 4 de outubro de 2009

Organicismo

Tal como outros conceitos originários de outros campos do conhecimento e tomados de empréstimo pela crítica arquitectónica, é relativamente difícil precisar o seu alcance e delimitação assim como as suas expressões formais e estéticas. Confirma-se, no entanto, nos mais coerentes trabalhos de recorte organicista, a preferência pelas geometrias mais complexas e pelas formas curvas e integradoras.
Um dos protagonistas máximos desta tendência estética foi o americano Frank Lloyd Wright, discípulo de Sullivan. Foi, aliás, este arquitecto que, em 1908, pela primeira vez empregou o termo orgânico enquanto categoria expressiva da arquitectura. Alguns dos seus trabalhos tornaram-se paradigmas da arquitectura organicista, ora pela solução morfológica, como o Museu Guggenheim de Nova Iorque, com a sua grande sala de exposições em forma de rampa helicoidal, ou a Casa da Cascata (1935), expoente da procura de harmonia absoluta entre os vários elementos construtivos e de continuidade fluida entre os espaços assim como da cuidada integração na paisagem.
Hugo Häring, que construiu muito pouco, entendia o conceito de edifício orgânico como algo que se desenvolve de forma espontânea, em perfeita harmonia com a natureza. As suas ideias foram concretizadas por Hans Scharoun, autor da Filarmónica de Berlim e pelo finlandês Alvar Aalto, um dos mais fecundos arquitectos organicistas pela radical rejeição de princípios formais rígidos e determinantes, enveredando pela pesquisa de projectos com base em geometrias complexas que fazem referência a formas naturais e que prestam atenção ao carácter topográfico do terreno e da envolvente construída.

bibliografia: http://www.infopedia.pt/$organicismo

Organicismo é a idéia de que a forma segue a função.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Desenho de observação - Jardim Externo

Desenho de Observação - Museu do Aleijadinho

Diagnóstico do espaço: Museu do Aleijadinho - E.A


Aspectos Históricos



O Museu do Aleijadinho funciona na Escola de Arquitetura desde de junho 1988. O local onde ele funciona atualmente já serviu de espaço para esporádicas confraternizações entre funcionários da faculdade. E após a chegada das obras, teve esse hábito definitivamente extinto. Originalmente planejado para ser utilizado como passagem, o ambiente desempenha bem essa função até hoje.
As mais de 10 peças de gesso que representam réplicas das esculturas de Aleijadinho foram confeccionadas pelos próprios alunos da faculdade durante uma aula de Plástica. E antes de ser fundado o muse
u, ficavam ao léu em uma sala da escola.
Para receber as obras o espaço não sofreu nen
huma intervenção em sua forma. Apenas algumas luminárias foram instaladas de modo a destacar a presença das obras no recinto. Ainda assim, a impressão que temos ao circular por essa passagem é que as peças brancas estão camufladas em meio a parede de mesma cor.
Atualmente, a idéia do museu parece ter sido abandonada pelo fato da iluminação que foi destinada a ele ter sido des
ativada, e pelas pessoas que passam pelo local diariamente não enxergá-lo com essa característica.




Aspectos Formais

- Conformação espacial

No Museu do Aleijadinho o espaço é retangular e
consideravelmente amplo, as formas de acesso são opostas e alocadas nas arestas menores do retângulo. A disposição das obras de gesso induz a uma reafirmação de passagem, uma vez que ocupam somente os cantos mais distantes aos acessos, fazendo com que o centro fique livre para circulação.

- Materiais e mobiliário

O Museu diferentemente de seus espaços vizinhos tem o piso feito com taco e a iluminação feita por uma rede de lâmpadas. As obras de gesso com seus suportes são as únicas mobílias utilizadas.

- Articulação com os espaços adjacentes

Este ambiente pode ser acessado por duas maneiras, uma delas é por uma porta voltada para entrada do prédio, muito próxima a escada e que quando aberta possibilita uma visão imediata da entrada/saíd
a, do jardim, do auditório e da rua e a outra é por um corredor diagonal que liga o museu ao hall do segundo andar do prédio. Essas duas entradas por sua vez viabilizam o acesso entre a entrada do prédio e as outras salas mais internas da edificação. E assim, o museu que originalmente foi pensado como passagem adquire uma característica de “pseudo-corredor” onde as pessoas muitas vezes não percebem as obras que estão dispostas e o utilizam simplesmente como uma passagem que se liga a outra ou a outros lugares. Questão que ainda é acentuada pela secretaria e pelo gabinete do vice-diretor que tem suas entradas em uma das paredes do museu.




Aspectos Técnicos


- Acústica e sensação térmica eficientes.
- Ambiente bem arejado.
- Durante o dia as lâmpadas ficam apagadas.
- Existem luminárias que favoreceriam a percepçã
o das obras por parte das pessoas que passam pelo museu, porém as mesmas não são utilizadas.
- Os materiais empregados são: Gesso nas paredes, taco de madeira no piso, vidros lisos nas janelas, portas e rodapé de madeira, tinta branca nas paredes e portas.

Aspectos de uso

O espaço onde hoje funciona o museu do Aleijadinho é utilizado unicamente como passagem. Tendo em vista o fator de conexão desse espaço com outros importantes locais do edifício, tanto durante o turno diurno quanto noturno, um número considerável de pessoas utiliza esse espaço com essa finalidade.
Funcionam nesse ambiente 2 escritórios, o que faz com que as pessoas que necessitam de se dirigir a eles passem também pelo museu.
A sala poderia ser muito mais convidativa e atuar não apenas como uma simples passagem. Pelo fato de ser um ambiente espaçoso, bem iluminado, arejado e com uma acústica eficiente, o usuário dessa passagem poderia ser convidado a permanecer nela ou desenvolver alguma atividade no local. Em outras palavras, se apropriar do espaço já que as peças que lá se encontram não cumprem esse papel.