domingo, 4 de outubro de 2009

Organicismo

Tal como outros conceitos originários de outros campos do conhecimento e tomados de empréstimo pela crítica arquitectónica, é relativamente difícil precisar o seu alcance e delimitação assim como as suas expressões formais e estéticas. Confirma-se, no entanto, nos mais coerentes trabalhos de recorte organicista, a preferência pelas geometrias mais complexas e pelas formas curvas e integradoras.
Um dos protagonistas máximos desta tendência estética foi o americano Frank Lloyd Wright, discípulo de Sullivan. Foi, aliás, este arquitecto que, em 1908, pela primeira vez empregou o termo orgânico enquanto categoria expressiva da arquitectura. Alguns dos seus trabalhos tornaram-se paradigmas da arquitectura organicista, ora pela solução morfológica, como o Museu Guggenheim de Nova Iorque, com a sua grande sala de exposições em forma de rampa helicoidal, ou a Casa da Cascata (1935), expoente da procura de harmonia absoluta entre os vários elementos construtivos e de continuidade fluida entre os espaços assim como da cuidada integração na paisagem.
Hugo Häring, que construiu muito pouco, entendia o conceito de edifício orgânico como algo que se desenvolve de forma espontânea, em perfeita harmonia com a natureza. As suas ideias foram concretizadas por Hans Scharoun, autor da Filarmónica de Berlim e pelo finlandês Alvar Aalto, um dos mais fecundos arquitectos organicistas pela radical rejeição de princípios formais rígidos e determinantes, enveredando pela pesquisa de projectos com base em geometrias complexas que fazem referência a formas naturais e que prestam atenção ao carácter topográfico do terreno e da envolvente construída.

bibliografia: http://www.infopedia.pt/$organicismo

Organicismo é a idéia de que a forma segue a função.